quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Yes, we C.A.M.??? YES, WE CRÉU!!!




Todos sabemos que o Atlético-MG, é tão candidato ao título do que o Flamengo. E que também foi o primeiro campeão nacional, em 1971. Mas mesmo assim, os 'gaylos' ainda conseguem nos surpreender, com coisas absurdas e sem sentido.

Há alguns meses, o clube alvinegro de Minas, lançou uma campanha, para tentar chamar a atenção do Brasil, de uma maneira totalmente bizarra. Capitaneada por Milton 'o Merchan' Neves, que ora diz ser 'gaylo', mas defende a maioria dos clubes do Brasil (menos o Flamengo), durante o seu programa de domingo, o Terceiro Tempo (como se fosse algo respeitável), mostra uma camisa no ar, que para alguns foi uma forma grotesca de chamar a atenção, de que ele precisa urgentemente de um tratamento psiquiátrico.

Na camisa estava escrito exatamente a seguinte frase: 'Yes, we C.A.M.', uma referencia às iniciais do Atlético. O que seria isso? Uma forma imbecil, de roubar o slogan, da candidatura à presidencia americana, de Barack Obama. A camisa fez tanto sucesso que é vendida em muios lugares de Minas e até pela internet.

Senhoras e senhores, aproveitando a oportunidade, quero enfim, responder a altura (inclusive aos spies do Atlético que empesteiam a nossa comu). A nossa resposta é o 'Yes, we CRÉU!'. A mesma fórmula usada na campanha vitoriosa da Rio 2016, substituindo o botom da campanha, por um escudo do Flamengo.

Depois de domingo, se Deus quiser, com nossa vitória, coloquem nos perfis, espalhem pela net, e façam todos saberem que, somos mais fortes do que eles, pensam que são. De que não adianta chamar a atenção com slogans, que responderemos na mesma hora. Os cariocas, são muito mais criativos que os mineiros.

Temos uma Libertadores, um título mundial e 5 Brasileiros. Eles tem um brasileiro, uma Conmebol, disputaram uma segunda divisão e, até hoje, choram pitangas pelo que aconteceu no Brasileiro de 80 e na Libertadores de 81, culpando o juiz por algo que eles mesmo fizeram.

A história sempre prova, que os mais fortes sempre se sobressaem. Nossa resposta é esta. Yes, we C.A.M.?? YES, WE CRÉU!!! SRN!

terça-feira, 3 de novembro de 2009

Homem Aranha + Eduardo Paes = ???




Dia de finados no Rio de Janeiro. Uma manhã que poderia ser apenas mais uma, para acontecer coisas que estamos acostumados. Mas.... quando menos se espera, vemos até que ponto o Rio está entregue a imbecilidade e a passividade extrema.

No Palácio da Cidade, ocorre algo que não se vê todos os dias, algo que nem as mentes mais absorvidas pelo álcool e pelas drogas, poderiam imaginar: o Homem-Aranha está no Rio.

Não, você não está lendo algo inventado e, não estou chapado o suficiente, embora minha ressaca ainda esteja afetando. Realmente o Homem-Aranha, chegou ao Rio.

O personagem desembarcou segunda feira no Palácio da Cidade e, pasmem: recebeu a Chave da Cidade das mãos dos filhos do prefeito e, da primeira-dama da cidade. A visita foi parte de uma ação promocional do espetáculo "Homem-Aranha Ação e Aventura", que será realizado no próximo fim de semana, no Maracanazinho.

Agora pergunto: o que um 'prefeito' quer fazendo isso, além de chamar a atenção? Dizer que no Rio tudo está indo bem, as mil maravilhas e que tudo que vimos este ano de 2009, foi apenas um sonho ruim?

Pois eu respondo: é a prova boçal, de que estamos entregues, nas mãos de um monstro insano, que fariam os arqui-inimigos do Spider-Man, implorarem feito garotinhos: 'moço, como você faz isso?'...

Na cidade de verdade, fora do faz-de-conta coletivo, em que alguns estão imersos, pessoas morrem, as drogas tomam as ruas, e estamos mergulhados em uma crise sem precedentes, mas que no fundo, a pessoa que chamou o Homem-Aranha, não está a par dos acontecimentos.

'Prefeito', a Chave da Cidade, porque você não entrega, às poucas ONGs sérias que nos defendem dessa histeria coletiva... aos policiais que sobrevivem com uma miséria, arriscam o seu pescoço para nos salvar... Eles sim, são os nossos heróis de verdade e não um produto americanizado.

Mas algo se fez perguntar: onde estava o prefeito? Porque ele não apareceu nesta sandice? Tenho minha teoria: ele não apareceu porque se ele aparecesse os sentidos da aranha apitariam tão alto, que prejudicaria para sempre, o 'nosso' herói mascarado.

Depois dessa, desse desgoverno, espero qualquer coisa. E por falar nisso, vou acender o farol para chamar o Batman...

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Caos na 'Cidade Olímpica' - SuperVia, um dia no olho do furacão


(foto: site do Limão)

Uma hora, até a paciência dos monges acabam. Que dirá dos seres humanos 'comuns' como eu, você e tantos outros. O que está se vendo, no transporte coletivo de massa, no Rio de Janeiro, é um prelúdio do que se espera nos próximos meses, se algo não for feito. Já passou da hora.

A SuperVia, consórcio privado que ganhou o direito, de possuir os trens que rodam no Rio de Janeiro, e cidades da região metropolitana, desde 1998, chegou ao seu limite de tolerância, na mente e no coração de seus usuários. O que se tem visto, nos últimos dias, é a prova de sua total incompetência, em prestar um serviço de qualidade à população.

São 550 mil pessoas/dia, que são transportadas em seus trilhos. Este número antes da privatização, na época da CBTU, chegou há um milhão/dia. Em 11 anos, mudou-se, mas muito pouco. Trens foram reformados, trens foram comprados, mas o serviço caiu drásticamente, ou melhor, ele regrediu.

Não bastasse os trens sucateados, que são jogados para os ramais de Japeri e de Santa Cruz, as pessoas que usam este meio de transporte, se viram massacradas em todos os sentidos. Desde atrasos nos horários e filas de espera, até agressões desnecessárias de guardas ferroviários, como no incidente em Madureira.

Onde agentes de uma firma terceirizada, para forçar a entrada, em um trem super lotado, usaram as cordas de crachás e apitos, para baterem nos passageiros que travavam as portas. Uma atitude covarde, desnecessária e insana de pessoas, que se dizem 'treinadas até a exaustão' para servir e proteger os viajantes de trem.

Os eventos que aconteceram esta semana e, que foram amplamente citados em todos os tipos de mídia, já era previsível, e não era de hoje, mas de no mínimo 5 anos. A população que já é motivo de todo o tipo de humilhação, tanto na rua, como em casa, como no serviço, chegou há um grau de insatisfação, que mesmo sendo errônea, se fez necessária. As pessoas acordaram e disseram, mesmo que destrutivamente, que eles tem o direito sim, de cobrar um serviço de qualidade e eficiência, pois o mínimo que eles merecem é conforto, em todas as estações, e em todas as linhas, sem exceções.

A Globo, chamou quem fez o quebra-quebra, de vândalos. O governador do Rio, Sérgio Cabral, filho de um escritor e cronista que eu adimiro muito, Sérgio Cabral - pai, mais do que ninguém, até porque nasceu no bairro carioca de Cavalcante, deveria saber, o que o trabalhador passa. Pois ele mora perto de uma das maiores estações do Rio de Janeiro. A de Madureira. Chamar quem fez isso, de vagabundo, apontar o dedo, sem saber para onde se atira, é incorreto e, digno de uma bela bronca.
 
Tudo bem que quem incendiou o trem em Mesquita, quem depredou 4 estações na quarta-feira e, quem promoveu o tumulto na Central, realmente estava errado. Mas depois, de um dia exaustivo de trabalho, com tantos problemas para se chegar, o patrão não querendo saber, e quando se pega o trem para casa, todos os ramais param, sem prévio aviso, querem que aconteça o que? Que ninguém abra a boca? Que ninguém reclame?

Alguma coisa precisa ser feita urgentemente. A Olimpíada não terá sentido, em uma cidade onde uma boa parcela da população sofre, com um transporte coletivo de péssima qualidade. Vou ficar de olho com toda a certeza do mundo. Vamos ter 11,231 bilhões de investimentos (quase 40% do montante total de 28,9 bi) em infraestrutura para transportes. Contemos na ponta do lápis, o que será aplicado, e o que será desviado. Se nada for feito, em 2016 ou até antes, essas cenas vão se repetir.

O que a mídia não mostrou


Parte 1 - Protesto do povo na Central do Brasil


Parte 2 - Chegada da Polícia e desabafo

sábado, 3 de outubro de 2009

Uuuuuhhhh...., eles acreditaram!!!


Foto: Reuters, alterada por Falso Anjo Lain (crianças, não tentem isso em casa... rsrs)

Esse bordão do personagem 'Seu' Saraiva, interpretado brilhantemente, pelo falecido Francisco Milani, reflete bem o que se passa em minha cabeça, depois do anúncio de que o Rio de Janeiro, foi nomeado sede, da 31ª Olimpíada da Era Moderna.
O sorriso do 'ingênuo' presidente Lula, do 'famigerado' Sérgio Cabral e da 'máquina da maldade' Eduardo Paes, não deixavam dúvidas. Eles conseguiram fazer o COI acreditar que a Cidade Maravilhosa, era a melhor escolha.

Decretaram ponto facultativo em toda a cidade, ou seja, mais uma desculpa para o carioca não trabalhar em uma sexta feira. Não estou dizendo que o carioca seja um vagabundo, mas com uma coisa dessas, é mais um motivo para fazer os outros acreditarem que ainda, estamos na idade da trevas, ao qual caçamos quando estamos com fome e neste intervalo, ficamos 'coçando à beira-mar'.

100 mil pessoas em Copacabana, sol, mar, e nos esquecendo dos problemas, como os mendigos que ficam há poucas quadras mais para dentro do bairro, os pivetes cheirando cola, e as favelas como verdadeiras panelas-de-pressão. Mas o que importa né? 'Brasil ame-o ou deixe-o' como diziam os milicos... e dá-lhe maquiagem no resto.

Sorrisos de nervoso, em quem confiava na vitória e quem torcia contra. Uma a uma, as cidades foram dando adeus, e ficaram apenas duas: Rio e Madrid. Eu com os meus botões, já disse: é, o Rio leva. Duas olimpíadas na Europa, seguidamente, não acontecem desde Londres-48 e Helsinki-52.

No mais, foi apenas aguardar o anúncio. O grito na praia, a minha desilusão em casa. No mais, veio em minha mente, a frase do pensador brasileiro Leandro Hassum, no 'Nóis na fita'... FUDEU DE VEZ.

Até agosto de 2016, muita água vai rolar por debaixo da ponte. Suja, logicamente. E vai, como sempre desaguar em nossas cabeças. Reconstruir uma cidade arruinada, durante décadas de descaso, com os menos favorecidos, que abre as pernas, aos ricaços, que convive com uma hemorragia sem controle, por causa da violência, em todos os sentidos...

Mas, contou aos membros do COI, que o Rio é uma cidade que ri, careada, amarelada, insossa... e não é que eles acreditaram????

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Rio 2016: Seja contra esta baderna


Essa semana, o Rio de Janeiro será posto em cheque mais uma vez. Por mais que a violência, a miséria, a política suja, as mesquinharias e mentiras que vemos na nossa frente todos os dias, tudo se desliga, tudo some, tudo se esquece, quando o assunto é a escolha da sede olímpica, daqui há sete anos.

A mídia, ignóbil, prefere acompanhar os nossos 'políticos eleitos' à rica Dinamarca, para bater no peito e dizer que tem 'orgulho de ser carioca, e brasileiro', mas não pessoas ameaçadas por tiros, assaltos e reféns de granadas, pedindo ajuda à algum santo com, ou sem farda, para apenas viverem mais um dia.

O assunto até dos botecos das esquinas, mesmo aquelas dentro de comunidades carentes, é saber se receberemos Usain Bolt, Yelena Isinbayeva, ou Michael Phelps, quando o que deveria interessar, é saber se o seu barraco, não será removido por um Choque de Ordem sem ética, por uma tempestade de verão, na encosta onde se vive, ou se você não será preso, por morar no mesmo território, que um marginal procurado.

Sexta feira, em Copacabana, os repórteres dos 5 continentes, vão buscar, em um show 'pago', por uma emissora de TV, o 'charme, o carisma e a alegria do povo carioca'. Mas a pergunta que fica no ar é: será que em uma cidade partida, dividida entre traficantes, milicianos e maus representantes da lei, se terá coragem de focalizar o sorriso amarelo dos que habitam o Rio de Janeiro? Amarelos, pela vergonha de se trocar decisões importantes, que interessam há mais de 6 milhões de pessoas, por saber, quem ganhou a medalha de ouro em um certo esporte?

Porque não se dão medalhas, às pessoas que vivem no Rio, vitimadas, escravizadas por uma rotina de pânico, pavor, incertezas de se chegar em casa inteiro, todos os dias, ou terminar o dia em um hospital, ou em um cemitério? Elas sim merecem e não, atletas multimilionários e pessoas, que pensam que a capital do Brasil é Buenos Aires.

Se você é contra esta palhaçada, que se tornou a escolha do Rio de Janeiro, como sede olímpica em 2016, não precisa não ir à Copa, em uma sexta feira de manhã. Mas simplesmente, opine, seja inteligente e diga não à uma festa que não tem a menor condição de ser feita agora.
Pois lembrem-se, no final, quem vai pagar por esta 'fantasia', é você.

sábado, 15 de agosto de 2009

Globo X IURD - Record: o embate do século

Esta semana fomos acometidos de uma situação, ao qual não é nova, mas segue sendo mesmo por debaixo dos panos, explosiva. Desde terça feira, a face mais escura da Record, foi revelada. E o que era óbvio, ficou escancarado.

Os jornais Folha de São Paulo e O Estado de São Paulo, revelaram que o fundador da seita, 'pastor' Edir Macedo e, mais 9 pessoas, ligadas à dupla IURD - Record, estava sendo indiciadas por lavagem de dinheiro e o pior, formação de quadrilha. Aproveitaram-se do dinheiro suado de muitos fiéis, para levantar, manter e sustentar um império, formado por rádios, televisões, gráficas e outros negócios e nogociatas, sob o pretexto de um artigo da já falha Constituição, que para igrejas de qualquer custo, não há impostos.

Revelou-se também, que depois de dois anos de investigação, algumas coisas se simplificaram: como a Universal se tornou uma máquina de fazer dinheiro, e uma organização tão intrincada e complexa, que faria um estudioso de Máfia Italiana, ficar com cefaléia crônica.

Uma das partes da denúncia, revelada pelo jornal paulistano diz: “a atuação da quadrilha não conheceu limites. Seus integrantes se utilizaram da Igreja Universal do Reino de Deus para a prática de fraudes em detrimento da própria igreja e de inúmeros fiéis”. (site do Jornal Nacional - 12-8-2009)

E também, para espanto geral, os números titânicos da Universal, foram finalmente revelados. Em um ano, a IURD 'embolsa' quase R$1,5 bilhão e, em um período de 7 anos, o suor dos fiéis, as esperanças de milagres, custaram R$ 8 bilhões.

8 bilhões... que eram desviados para paraísos fiscais e voltavam ao Brasil, na forma de empréstimos a pessoas físicas, ligadas a Edir Macedo.

A TV Record do Rio, foi comprada por US$ 20 milhões em 1992, e deste montante, 75% era da IURD. E as compras de emissoras de TV em todo o Brasil, foram misteriosamente acontecendo e o pior: sem suspeita da origem do dinheiro.

Usando uma passagem bíblica, este 'mensageiro' dizia que os bispos, pastores e obreiros, tinham que se impôr, em uma forma de lavagem cerebral, para manter o controle sobre o seu 'rebanho' e 'estorquir' tudo que os 'fiéis' tivessem nas mãos.

A Record contraatacou, com reportagens, falando dos podres da Rede Globo, de histórias de 45 anos atrás, sobre a compra da emissora, o apoio de Roberto Marinho à ditadura militar, sob a influência da TV na vida dos brasileiros e em seu modo de vida.

Falou-se até de possíveis festas, regadas à drogas pesadas, entre funcionários do alto escalão da emissora carioca, revelados por um ex-funcionário, em seu livro: Afundação Roberto Marinho. E a forma que a 'Vênus Platinada' vem perdendo audiência para a Record nos últimos 8 anos, usando imagens até do documentário britânico 'Muito além do Cidadão Kane', falando o lado secreto da Rede Globo e, que por decisão da Justiça, foi proibido de passar no Brasil.

Até no Congresso e no Senado Federal, que deveriam estar se ocupando do destino de 191 milhões de habitantes, se falou nesta guerra declarada.

Enquanto isso, nós, brasileiros, estamos no meio de mais contenda. 
A briga entre a Globo e a IURD - Record, ainda está longe de acabar. Misturou-se até coisas como poder, religião e dinheiro. Algo que nunca ninguém pensava que poderia se misturar, em uma magnitude tão gigantesca.

A audiência no Brasil, finalmente se dividiu. Agora, se fica apenas de um lado: o mundano ou o sacrossanto. Mas ninguém sabe qual dos dois é um ou outro. Mas o mais provável, que é ambos sejam 100% mundanos.

Um lado querendo controlar as pessoas, pelo poder de uma informação, que em uma grande parte dos casos, se provou baseada, em fontes duvidosas há mais de 40 anos. O outro, manipulando, distorcendo uma das bases do ser humano: a fé em algo maior do que a nossa própria consciência.

terça-feira, 11 de agosto de 2009

Lain - um mergulho em uma mente dualizada

Eu ainda não falei de animes em meu blog. Mas resolvi começar este assunto com uma pergunta simples. Você sabe, quem você realmente é?

Depois que conhecer Lain, você não vai parar de se fazer esta pergunta.

Após do suicídio de uma estudante, Chisa Yomoda, suas companheiras de escola, começam a receber emails póstumos dela. Entre elas, Lain Iwakura, uma menina de 14 anos, que tem grandes dificuldades de viver em grupo. Sem saber como funciona o seu próprio computador, ela recebe o mesmo email que suas amigas de escola, receberam. Uma mensagem a intriga totalmente. O motivo do suicídio de Chisa: descobrir que Deus está na internet.

Para saber mais sobre o assunto, e se aprofundar mais sobre o tema, Lain pede ao seu pai, um novo aparelho, para conhecer mais a Wired (um sistema de navegação parecido com o que conhecemos).

Pouco a pouco, a vida de Lain, começa a girar apenas na Wired, motivo ao qual sua unica amiga Arisu (Alice, em inglês) começa a se preocupar, incitando-a que comece a sair mais com ela e suas amigas: Yuri e Reika.

Quando recebe um presente, um chip, se torna capaz de entrar e sair na Wired de forma livre, fazendo assim com que ela seja um ser onipresente dentro da rede, como uma espécie de deus. Conforme Lain vai descobrindo mais à respeito, nota homens vestidos de preto, começam a vigiar a sua casa. Com o tempo se descobre que eles se chamam knights (hackers dentro da Wired).

Gradualmente, Lain se faz famosa dentro da Wired, ganhando um grande prestígio, o que também aumenta o seu poder e, como consequencia, perde o interesse de viver dentro do mundo real.

À medida que descobre novas coisas, suas amigas começam a receber rumores sobre uma outra personalidade de Lain (seu 'alter ego', o outro 'eu' na internet, que era completamente distinto) criando confusão. Aí entramos em uma outra temática do anime: os conflitos psicológicos. Lain se torna mais e mais independente dentro da Wired, até que finalmente descobre que deixou de se conhecer, saber qual era a sua verdadeira personalidade, e se começa a perguntar: "Quem é Lain?"

São 13 episódios conflitantes, distintos, emocionantes, perturbadores. Recomendado apenas para quem tem coragem de mergulhar fundo na mente da personagem e, indiretamente nos próprios pensamentos, mesmo os mais ocultos.

Na playlist de hoje: a abertura de Serial Experiments Lain, com a música da banda britânica BôA - Duvet.



Make me sad, make me mad, make me feel, alright?

40 min. de paranóia


Estou triste. Sinto-me só, desamparado... sinto-me um lixo
O vento da madrugada, tinha saudade mas quando eu o senti, tive medo
A lâmina fatal percorre o meu corpo, a espada é gelada..., é terrível
Ouço passos, mas não há ninguém nas ruas..., estou sendo perseguido
Mas o que me segue, nessa noite estranhamente fria de dezembro?
As lágrimas descem de meu rosto, cortam minha carne nua, de cima a baixo
O "barulho do silêncio" me atormenta..., me deixa surdo com a sua passividade
O movimento de sangue nas veias me atordoa..., quero gritar, mas o que?
Bailo insano com o meu corpo, quero parar, mas porque pararia?
Afogo-me no oxigênio nocivo, que entra em meus pulmões destroçados...
O mundo não pára de girar, mas eu não me aquieto..., tenho medo do meu medo
Vejo o nascer e o pôr do sol ao mesmo tempo, minha mente brinca comigo...
Porque faz isso comigo? Porque querem dividir-me a seco, sem morfina ou absinto?
As fadas verdes, caminham em meio aos mortos, de uma guerra sem sentido
Meu coração bate, como o tambor que anuncia o condenado ao povo
Não posso sair, não posso voar, minhas costas doem , minhas asas se atrofiaram
Não posso me mexer, correntes prendem meus braços e pernas... Porque?
A Lua enumera meus infinitos pecados..., não tenho defesa. Sei que sou culpado
Ouço as risadas dos meus inimigos, mas nunca fiz nada a eles...
Vejo as suas expressões de ódio, os olhos dos demônios em suas faces
Sozinho..., no frio..., da minha mente..., peço socorro...
Um copo de vinho..., e nada..., estou morrendo..., mas ninguém liga.
Meu corpo sangra, sem controle, em meio à neve branca e pura
Quero colo..., quero carinho..., quero alguém que me ame, que nem minha mãe
Fui chamado de traidor, de falso, por quem já amei...
Eu não traí, não sou falso, meu sangue é de verdade...
Minhas lágrimas são reais, não quero morrer louco
Não quero morrer sozinho, quero alguém para me amar
Me tirem de onde eu estou, desamarrem as minhas correntes
Me tirem daqui..., Me tirem daqui..., ME TIREM DAQUI...!!!

Ostirala, 2006eko aberduaren 15a
Sexta, 15 de dezembro de 2006

terça-feira, 4 de agosto de 2009

Deprez 004 Rio de Janeiro


Sentado à porta de um hotel..., cá estou em meu estado semi-alcoolizado
Em minha frente, um quarteirão de fachadas destruídas, como minha mente.
Prefiro estar só... a agitação insana... eu não a sinto...
Pareço afogado num rodamoinho de dor, desgraça, loucura e desespero
As prostitutas vem e vão... estou quase sem sentidos. Elas passam tão velozes...
Pessoas jogam suas raivas e ilusões, no ralo de esgoto aberto, chamado madrugada
Ando desnorteado, em meio aos desacordados etílicos
Respiro um frenesi psicótico, disfarçado em odores de bebidas.
Os passos arrastam-se. Sinto de novo, levemente, as correntes em meus tornozelos...
Já é hora de ir para casa. O trem não tarda, para voltarmos à realidade
Do alto da passarela, as torres de TV para mim, são grandes árvores de Natal
E o Cristo, com sua luz verde, apenas um velho senil, a abençoar uma cidade morta.
Pulo o muro da estação. Não enxergo o chão, é tão escuro quanto o meu coração...
Então começo a caminhar pelos trilhos, como um parasita querendo enxergar a luz
Os prédios em volta, não os vejo, são apenas gigantescas lápides opacas...
Ainda mais negras e sombrias, à medida em que o dia começa a clarear
Não sei, mas acho que a luz do Sol continua a me fazer mal...
Assim como Byron Moore, somos vistos como aberrações
Por isso preferimos ocultar os nossos sentimentos angustiados, na escuridão.
Os raios solares, começam a iluminar o ambiente... é muito traumático...
Lembro-me, do que eu implorei para esquecer, então... começo a chorar...
Acho que se eu não fizesse aquilo, iria cometer um ato de loucura
As lágrimas fundem-se com o ar frio, dos últimos resquícios noturnos
Chego a estação... estou acabado. Nem sei o quanto andei, parecem muitas milhas
As luzes do Centro, começam a apagar-se. Infelizmente mais um dia começa
Sinto um falso alívio, ou é a ressaca que não vingou...?
O trem vem chegando e com ele, um certo ar nostálgico
Mas será que também é tão mentiroso quanto a vida real?
Por enquanto não quero saber. As portas se abrem. 
Quero... por alguns momentos esquecer..., que eu existo...

Asteartea, 2004ko apirilaren 6a.
Terça, 6 de abril de 2004.

Na playlist: Cazuza - Um trem para as estrelas


quinta-feira, 30 de julho de 2009

Solstício d'Inverno

Junho. A brisa agradável, dá espaço aos míticos ventos de Éolo...
A madrugada estérim, sem estrelas, é o sinal inicial do solstício das trevas.
Não neva aonde eu estou..., mesmo assim sinto os flocos de gelo. São tão reais
Eles brincam ao sabor dos ventos, como os dançarinos de um tango portenho.
Esse não é um período como os outros..., é o tempo da solidão que aperta nossos corações
A época que nossos demônios internos, tornam-se mais fortes e viventes
Ando pela praia deserta. Mesmo com as luzes da calçada, a obscuridade me acompanha.
É estranho..., porque as cores somem? Ou sou só eu, que enxerga, tudo em branco, preto e cinza...?
Ou poucos casais que vejo, fazem-me sentir uma alegria mental..., ou seria espiritual?
Uma coisa é certa: no inverno, todas as suas tristezas e fantasmas, voltam para te assombrar.
As minhas cicatrizes, uma por uma... tornam-se pulsantes, como veias hemorrágicas
Tudo que você faz de mal, mesmo sem noção, volta com a fúria de uma ressaca interminável
Cada som que a ventania produz, queira ou não, enumera todos os seus pecados...
Inclusive aqueles, que você acha os mais perversos, e óbvio, você se destrói para esquecê-los.
Para nós, depressivos, decidimos andar na neblina, como uma punição auto-imposta
Digo isso, talvez por experiência de vida, pois fiz certos erros, aos olhos humanos tão ridículos...
Mas na nossa visão, crimes tão graves, quanto milhares de holocaustos simultâneos.
Motivos estes, que para simples mortais, seriam pretextos para pegarmos uma gripe ou uma pneumonia.
A chuva que afasta os friorentos, é a nossa amiga, confidente e quem cura as feridas dos aflitos.
Pensava que era o único depressivo ínsone, que tinha asas cinzas...
Mas nessa época, brotamos como pragas, desejando beber o vinho da nossa desgraça.
O dia vai amanhecendo tímido, cinzento e assim será, mais noventa vezes.
E a cada nova manhã, voltaremos para nossa casa, exaustos pela nossa 'purificação'
O coração estará mais e mais apertado, pelas lembranças de um passado imutável
E nos resta apenas, cantar a ode de inverno, todas as vezes que chorarmos. Sóbrios ou bebados

"Ó Clemente vento de Éolo...
Seque as lágrimas dos depressivos
Ajude-nos a sugar o frio d'inverno
Para pagarmos nossos pecados
Faça-nos ver as estrelas aonde elas estejam
Mesmo em nossas ilusões
E bebamos até o último gole
O vinho da nossa perdição. Assim seja"

E todos os dias pelos próximos três meses. Amén...!

Asteartea, 2006eko ekainaren 27a
Terça. 27 de junho de 2006.

E na playlist: Stereophonics - Mr. Writer

quarta-feira, 29 de julho de 2009

Athletic: o sonho europeu.


Em poucas horas, o Athletic vai começar o sonho de disputar uma competição européia depois de 5 anos. Amanhã à tarde, será o primeiro time espanhol, à entrar na Liga Europa, que substitui a tradicional Copa da UEFA.

Entrará em uma roubada. Uma fase eliminatória. Terá que passar por duas dessas, para chegar à fase de grupos. A estréia será contra os suíços do Young Boys.

Mas os seus aficcionados estarão lá. Apaixonados. Soldados defensores de uma nação, que todos reconhecem. Menos a Espanha. Chamam de terroristas, por causa do ETA. Mas são poucos que são assim. No mais, um povo que tem orgulho de serem diferentes, de terem uma língua própria, uma identidade nacional distinta, que resiste há mais de 3 mil anos.

Vão, com certeza transformar a velha Katedral (o estádio San Mamés - primeiro estádio de futebol, construído na Espanha, em 1913), em um verdadeiro inferno rojiblanco.

Que os suíços não levem chocolates, pois com o calor da torcida, vão derreter em questão de segundos...

No mais, 18 jogadores, levarão a esperança de 2,2 milhões de pessoas, junto ao gramado por 90 minutos. E 111 anos de história em seus corações.

Boa sorte e que tudo dê certo em sua estreia.

Berri Txarrak - bascos que gostam de rock pesado


(foto: esq. Aitor Goikoetxea - baixo, meio Gorka Urbizu - vocal e dir. David González - batera)

Não se deixe levar pela cara de doido do vocalista. Se você gosta de barulho, e algo diferente do inglês, mas que não seja nórdico, nem alemão, Berri Txarrak (más notícias - em basco) pode te surpreender.

Vindos de Lekunberri (30 kms de Pamplona, Navarra - ESP), pode se dizer, que é uma das grandes surpresas do rock europeu nos últimos anos.

Desde o seu início em 1994, os garotos já queriam mostrar serviço. O trio formado inicialmente por Gorka Urbizu, Aitor Goikoetxea, Mikel 'Rubio' López e Aitor Oreja, vinham sendo requisitados pelo seu estilo, ao mesmo tempo agressivo e fora dos padrões.

O reconhecimento veio depois da gravação do seu 3° CD, Eskuak/Ukabilak ( algo como "Prender os punhos" em basco). A música "Biziraun" (sobrevivência), ganhou o prêmio Gaztea Saria, revista especializada em rock, de melhor música, do ano de 2001. Isso foi o bastante para a banda explodir fora de Euskal Herria.

2003 foi um ano chave para o grupo, com o lançamento do álbum "Libre ©". Graças à sua boa recepção no mercado, por uma modesta gravadora de rock, a GOR, Berri Txarrak, faz seu primeiro giro europeu, tocando no Reino Unido, na Dinamarca e na Alemanha.

Com este álbum, o mais hardrock de sua carreira, a banda ganha o prêmio de Melhor Banda Espanhola do ano, segundo a revista Rock Sound, e a rádio basca Euskadi Gaztea.

Músicas como "Denak ez du balio" (Que não vale tudo), com a participação de Tim McIlrath, da banda Rise Against, "Hil nintzen eguna" (Me lembro do dia que morri) e "Izena, izana, ezina" (Nosso nome, ser, e impotência), caíram no gosto popular, em toda a Europa e em alguns lugares do mundo.

Depois dessa turnê vitoriosa, o guitarrista Aitor Oreja, resolve abandonar a banda, por desavenças. Os outros três resolveram não substituí-lo e mergulharam de cabeça nos estúdios, para quem em 2005, voltassem com tudo no álbum "Jaio, Musika, Hil" (Nascimento, Música, Morte), seu último trabalho com a gravadora GOR.

Com o sucesso crescente, fizeram seu primeiro tour fora da Europa que durou 3 anos, tocando no México, Nicarágua, Estados Unidos, Taiwan e Japão, inclusive abrindo o Fujirock '08, o festival de rock mais importante da Ásia, emendando com shows do Rise Against na Europa, que duraram quase um ano.

Depois da saída de López, e a entrada de David González, o Berri Txarrak, fecha com a Roadrunner Records e Steve Albini (produtor de grupos como Pixies, Neurosis e Nirvana).

Parece que teremos mais novas, desta grande surpresa do rock, vindo de um lugar que as pessoas pensam que só se fabricam terroristas e carros-bomba. É pagar pra ver!

Aqui vai um clip dos caras. Denak ez du balio. Tirem suas dúvidas.. rsrs...

terça-feira, 28 de julho de 2009

A neve que nunca parou

Um campo interminável. O vento que corta minha carne.
Não consigo mais chorar. Minhas lágrimas congelaram.
Os pesos em meus tornozelos. Voltei a senti-los.
A agonia que pensei que tinha sumido, voltou. Ou nunca teria sumido?

Minha espada, enferrujada, não sai mais da bainha.
O laço da mulher que eu amei, que a lacrava, não existe mais.
Se perdeu no tempo, no espaço? Ou nunca esteve ali?

Não consigo respirar. O gelo invade meus pulmões.
Não consigo mais sequer reagir. Não tenho forças...
Ou será que eu, nunca as tive?

A noite, não tem estrelas, talvez uma, mas não a enxergo.
O sereno, me abraça, como o amigo que uma hora, sei que vai me trair.
Sinto o beijo da morte em meu rosto. E a corda me enforca.
Mas algo que me faz ainda seguir adiante.
Loucura? Insanidade? Ou será que sempre fui assim e não sabia?

Quem me fazia companhia, não está mais aqui.
A luta é desumana. Sou surrado por mim mesmo.
A cada sonho desfeito..., cada realização mal sucedida..., cada fracasso...
Ou eu acreditei sempre, no impossível? No inacreditável?

A praia que eu sempre ia..., tingiu-se de fel... não consigo mais chegar perto
O barulho das ondas, agora, se converte em agudos gritos de desespero
Elas ainda estão em mim, mesmo que eu me retalhe, estarão ali...
Me lembrando, do meu passado e do meu presente...
Será este o futuro de alguém que simplesmente sonha com a felicidade?

A música que eu mais gostava, não toca mais em meu peito...
Só a batida descompassada, de um coração que está amargurado
Talvez, há um passo de ser mortalmente ferido...
Mas ainda tenho que seguir... seguir para longe deste campo gelado...
Minha espada não corta, mas é com o que me defendo...
Buscando e olhando fixamente para uma estrela, que nem sei se está ali.
Mas sentindo em meu corpo, a neve, que nunca parou de cair.

Larunbata, 2009ko ekainaren 6a.

Sábado, 6 de junho de 2009

Trilha sonora perfeita para este poema.

Dire Straits - Brothers in arms.

"O sentir é sempre mais intenso, com música." Desconhecido.

Homenagem ao ex-goleiro Zé Carlos

Uma imagem vale mais do que mil palavras.

segunda-feira, 27 de julho de 2009

Não é um adeus. É apenas um intervalo.


Hoje, 24 de julho, recebi uma notícia, que mesmo sendo talvez previsível, conseguiu me desmontar. O ex-goleiro Zé Carlos, morreu.

Me veio à mente. Uma dia de sol, na Gávea, em 1987... Tinha ido, com meu pai, à sede do Flamengo pela primeira vez. E vi aquele 'monstrengo' em um treino.

Ouvia risadas, de pessoas que não o conheciam. Achavam ele meio desengonçado. Mas enquanto o via treinar, juntos dos craques campeões brasileiros, meses depois, eu o observava, como se visse um deus na minha frente.

Como alguém tão pesado, tão grande, planava, como um beija-flor?
Quem era aquele ser, que mesmo em uniforme de treino, mesmo não sendo nada sério, não valendo nada, fazia meu coração, aos 6 anos de idade, paralizar-se à cada espalmada? A cada ponte?

Andrade mandava os seus foguetes. Zé Carlos defendia.
Zico cobrava faltas, com o seu toque de mestre. Zé Carlos espalmava.
Leonardo, o garoto franzino, chutava. Zé Carlos agarrava.
Todos os outros se viravam como podiam, para superá-lo.

Zé Carlos apenas sorria. Simplesmente sorria.

Em um momento, o mestre Zico disse algo que até hoje não me esqueço: 'Zé Grandão, hoje você está impossível... deixa eu marcar um gol ai po...'

Zé apenas ria. Zico... todos riam.

Uma hora depois, quando o treino acabou eu passei do lado dele. Meu pai o chamou e o cumprimentou. Eu não conseguia falar. Não conseguia me mexer. Estava catatônico. Via aquela seleção de 1987. Ídolos que povoam a minha vida até hoje, em minhas lembranças.

Mas naquele dia, Zé Carlos era o cara.

O massagista perguntou a ele: Zé, você vai embora agora?
Ele disse, não! Só estou dando um intervalo.

Hoje, no dia de sua partida, penso como essa frase tem força.

Hoje ele não morreu, se transformou em uma lenda. Talvez um dia, meu sobrinho, que joga na escolinha do Flamengo, veja uma foto dele e alguém diga, que ele foi um dos maiores goleiros da história do Flamengo.

A partir de hoje, todos os futuros goleiros, em todas as categorias do Flamengo, vejam Zé Carlos como um exemplo. Mais do que ele já era.

Agora, Zé, é sua hora. Volta pro campo da eternidade. E voa, como aquele dia, que eu vi você voar.

Para mim, hoje ele não disse adeus. Está apenas entrando no vestiário, depois de um treino. Dando apenas um tempo. Um intervalo.

Para sempre chorando na tempestade...


Noite. O desespero me assusta. Estou só.

Eu e os meus pensamentos. Eu e os meus medos.

Viajo, sozinho, para a obscuridade, sem olhar para trás.

O choro e, a chuva, guiam meus passos. Linda e triste canção.

Me vejo caminhando, em uma floresta escura e sombria.

É lá, onde talvez estejam meus medos,  temores mais profundos.

Sou uma criança, que cresceu rápido demais...

E um velho espírito, que não aproveitou a vida, quando teve a chance...

Os fantasmas, de medos passados, e vindouros, me fazem tremer

A vida, algumas vezes, me deixa confuso.

Porque nunca saberemos se veremos, a luz do Sol, do dia seguinte.

Se bem que optei por não sair mais na luz do dia..., coisas de um deprimido.

Saio da floresta dos medos, e continuo minha história de andarilho

Em minha frente, vejo um jovem, em meio aos galhos secos

Acho que era eu mesmo, só que aos 16 anos, quando... (pensamento proibido)

Ele me guia, à um lugar, que insiste em me mostrar.

Minhas lágrimas, são inevitáveis, pois vejo o abismo

O abismo por onde quase me atirei ao nada, por três vezes

Aos dezesseis, aos dezoito e agora. Nada muda, o horror quer voltar.

É muito triste e desesperador, o coração parece corroer

A dor é intensa, todo o corpo dói, a alma parece se desfazer

A tempestade se forma, a chuva é intensa, mas...

Não é chuva,são... as minhas..., próprias..., lágrimas

De alguém que ama demais..., mas ninguém (ou quase) o entende

Sobrevivo através da família, dos amigos (pouquíssimos) e escrever...

Meus traumas..., ânsias..., e esperanças loucas

De alguém que lamenta..., não encontrar a felicidade

De um homem, que é um menino... solitário...

e..., desesperado..., sou eu..., que vivo...

...para sempre, chorando na tempestade...

Astelehena, 2001eko ekainaren 6a.

Segunda, 6 de junho de 2001