Estou triste. Sinto-me só, desamparado... sinto-me um lixo
O vento da madrugada, tinha saudade mas quando eu o senti, tive medo
A lâmina fatal percorre o meu corpo, a espada é gelada..., é terrível
Ouço passos, mas não há ninguém nas ruas..., estou sendo perseguido
Mas o que me segue, nessa noite estranhamente fria de dezembro?
As lágrimas descem de meu rosto, cortam minha carne nua, de cima a baixo
O "barulho do silêncio" me atormenta..., me deixa surdo com a sua passividade
O movimento de sangue nas veias me atordoa..., quero gritar, mas o que?
Bailo insano com o meu corpo, quero parar, mas porque pararia?
Afogo-me no oxigênio nocivo, que entra em meus pulmões destroçados...
O mundo não pára de girar, mas eu não me aquieto..., tenho medo do meu medo
Vejo o nascer e o pôr do sol ao mesmo tempo, minha mente brinca comigo...
Porque faz isso comigo? Porque querem dividir-me a seco, sem morfina ou absinto?
As fadas verdes, caminham em meio aos mortos, de uma guerra sem sentido
Meu coração bate, como o tambor que anuncia o condenado ao povo
Não posso sair, não posso voar, minhas costas doem , minhas asas se atrofiaram
Não posso me mexer, correntes prendem meus braços e pernas... Porque?
A Lua enumera meus infinitos pecados..., não tenho defesa. Sei que sou culpado
Ouço as risadas dos meus inimigos, mas nunca fiz nada a eles...
Vejo as suas expressões de ódio, os olhos dos demônios em suas faces
Sozinho..., no frio..., da minha mente..., peço socorro...
Um copo de vinho..., e nada..., estou morrendo..., mas ninguém liga.
Meu corpo sangra, sem controle, em meio à neve branca e pura
Quero colo..., quero carinho..., quero alguém que me ame, que nem minha mãe
Fui chamado de traidor, de falso, por quem já amei...
Eu não traí, não sou falso, meu sangue é de verdade...
Minhas lágrimas são reais, não quero morrer louco
Não quero morrer sozinho, quero alguém para me amar
Me tirem de onde eu estou, desamarrem as minhas correntes
Me tirem daqui..., Me tirem daqui..., ME TIREM DAQUI...!!!
Ostirala, 2006eko aberduaren 15a
Sexta, 15 de dezembro de 2006
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