sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Delírios de lua nova





Senti um impulso, viver a noite, não é sempre...
Fui ao encontro do que já desejava, do que ambos queríamos
Me perdi nas luzes torpes e falsas de uma cidade
Quase não cheguei ao meu caminho...
Mas cheguei. E vi, com cara de brava, mas sorrindo com o olhar.
Aliviada por minha presença. Incrédula pela minha ousadia.
Senti. Teu cheiro, tua pele, tua carne, teu desejo.
Linguas que se procuravam, que se ansiavam. Beijo doce e selvagem.
Conversamos, rimos, brincamos como dois adolescentes.
Antecipando o que iria acontecer depois. O momento ao qual esperado, talvez por dias enfim...
No escuro, eu via. Teus olhos, teu corpo, me pedindo que adentrasse...
Em teu templo sagrado, em tua casa, teu jardim secreto.
Um aroma a me guiar, tua boca, teu desejo, me pedindo, implorando por conquista.
Sons, sem palavras. Desejos, sem renúncias. Na ausência de luz, a iluminação.
Ao amanhecer, me despedi. Mas uma parte ficou. Uma parte dela, ainda está em mim.
Na noite de lua nova. A mais brilhante das ninfas.
Na noite, sem lua. Teu olhar, um farol iluminou meu coração.