Noite. O desespero me assusta. Estou só.
Eu e os meus pensamentos. Eu e os meus medos.
Viajo, sozinho, para a obscuridade, sem olhar para trás.
O choro e, a chuva, guiam meus passos. Linda e triste canção.
Me vejo caminhando, em uma floresta escura e sombria.
É lá, onde talvez estejam meus medos, temores mais profundos.
Sou uma criança, que cresceu rápido demais...
E um velho espírito, que não aproveitou a vida, quando teve a chance...
Os fantasmas, de medos passados, e vindouros, me fazem tremer
A vida, algumas vezes, me deixa confuso.
Porque nunca saberemos se veremos, a luz do Sol, do dia seguinte.
Se bem que optei por não sair mais na luz do dia..., coisas de um deprimido.
Saio da floresta dos medos, e continuo minha história de andarilho
Em minha frente, vejo um jovem, em meio aos galhos secos
Acho que era eu mesmo, só que aos 16 anos, quando... (pensamento proibido)
Ele me guia, à um lugar, que insiste em me mostrar.
Minhas lágrimas, são inevitáveis, pois vejo o abismo
O abismo por onde quase me atirei ao nada, por três vezes
Aos dezesseis, aos dezoito e agora. Nada muda, o horror quer voltar.
É muito triste e desesperador, o coração parece corroer
A dor é intensa, todo o corpo dói, a alma parece se desfazer
A tempestade se forma, a chuva é intensa, mas...
Não é chuva,são... as minhas..., próprias..., lágrimas
De alguém que ama demais..., mas ninguém (ou quase) o entende
Sobrevivo através da família, dos amigos (pouquíssimos) e escrever...
Meus traumas..., ânsias..., e esperanças loucas
De alguém que lamenta..., não encontrar a felicidade
De um homem, que é um menino... solitário...
e..., desesperado..., sou eu..., que vivo...
...para sempre, chorando na tempestade...
Astelehena, 2001eko ekainaren 6a.
Segunda, 6 de junho de 2001
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